Onda de crimes no Gama acende alerta para necessidade de medidas sociais nas ruas

O Gama (DF) enfrenta uma onda preocupante de tentativas de homicídio e assassinatos. Os crimes envolvem moradores de rua, brigas por drogas e disputas em pontos de tráfico operando em distribuidoras.
 
Entre os casos recentes:
  • 1° de março – Jovem de 20 anos morto a tiros na Quadra 40 do Setor Leste.
  • 4 de março – Morador de rua espancado até a morte no Setor Central.
  • 14 de janeiro – Tentativa de feminicídio no Setor Sul.
  • 19 de fevereiro – Homem esfaqueado no Restaurante Comunitário.
 
Para o Tenente Ronald Gabriel (9° BPM), a violência tem múltiplos fatores.
 
“O problema é muito maior do que parece. Envolve o vício, disputas entre moradores de rua, que veem estacionamentos e outros espaços como pontos de renda. Tráfico próximo às distribuidoras de bebidas que excedem o horário de funcionamento. São vários fatores que influenciam esse tipo de crime e fazem com que ele não pare”, alerta.
 
Há recomendações do Ministério Público que impedem a remoção forçada de moradores de rua, tornando a atuação policial mais limitada nesses casos. Assim, torna-se necessária a realização de fiscalizações para reprimir os crimes.
 
O Delegado William Ricardo (14ª DP) explica que os homicídios no Gama envolvem moradores de rua em conflitos impulsivos.
 
“Muitos carregam facas para proteção e, durante essas brigas, acabam atacando e matando uns aos outros. São homicídios difíceis de prevenir, porque acontecem por impulsividade, sem planejamento”, destaca.
 
Ele reforça que a Polícia Civil busca prender criminosos rapidamente para evitar ciclos de vingança e gangues.
 
“A Polícia Civil tenta prender de uma forma rápida, solucionar o crime de uma forma rápida e realizar a prisão para mostrar que a punição vem de forma rápida e eficaz, desestimulando outras eventuais ações criminosas”, enfatiza.
 
As autoridades apontam que a violência no Gama não será resolvida apenas com repressão policial. Medidas sociais voltadas para assistência a moradores de rua, combate ao vício e fiscalização rigorosa em áreas de risco são fundamentais para impedir que a cidade se torne um dos pontos mais perigosos do DF.
 
???? Denúncias podem ser feitas pelo 197 (Polícia Civil) ou 190 (Polícia Militar).

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